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Licitação e tomada de preços para revisão de textos

Governo ou autarquias? Não, e muito obrigado.

Frequentemente, recebemos pedidos de cotação para serviços de revisão de textos para entidades públicas ou autarquias. Conhecemos os procedimentos envolvidos, mas não nos interessa participar de concorrências.

Nós agradecemos imensamente às instituições que nos procuram, querendo nos incluir em seus procedimentos de tomada de preços e de orçamentos para serviços de revisão de textos. Recebemos muitos pedidos nesse sentido, mas temos a política de recusar todos: não participamos de disputas por serviços a órgãos públicos por vários motivos, que passamos a explicar.
Temos prazer em atender pesquisadores em caráter privado, revisando-lhes teses e dissertações.

Em primeiro lugar, os serviços de revisão de textos são personalíssimos, isso significa que cada revisor tem procedimentos próprios, critérios pessoais e conceitos de escolas de revisão diferentes. Então, não se pode comparar por valores financeiros serviços que sejam diferentes em sua natureza. Revisão é um termo usado para muita coisa diferente; quando é de boa qualidade, estamos falando de muito mais que correções no texto. Normalmente, as instituições que solicitam orçamentos de revisão nem sabem bem o que estão solicitando e se perdem em equívocos conceituais e em quantificações insuficientes. Mesmo que a instituição saiba exatamente o que quer e saiba mesmo como escolher o melhor, vê-se forçada a optar pelo menor preço – e o menor preço não será o nosso.
Em seguida, as instituições públicas impõem seus calendários de execução de serviços e suas condições de pagamento. Não temos condição nem interesse de nos submetermos a critérios de agendamento que não sejam os nossos, nem nos submeteremos a condição de pagamento que não seja aquela com que trabalhamos normalmente: 30% do valor do serviço adiantado e o saldo na entrega. As instituições públicas pagam a posteriori, sempre com a demanda de mais um ou outro procedimento burocrático, quando pagam! Se não pagarem, ficamos a ver navios, pois acionar órgãos de administração direta ou indireta na justiça é mais perda de tempo e dinheiro. O caso é que não confiamos no Estado e em seus braços.
Mais ainda, grande parte dos pedidos de orçamentos para as instituições são meramente pró-forma: o escolhido está sacramentado e querem apenas nossa cotação para justificar administrativamente uma escolha que já está feita! Nesse caso, nosso trabalho de orçar é inútil, nosso precioso tempo perdido e a frustração garantida. Para não mencionar, nessa mesma linha, a pura e simples fraude no processo de licitação: o “eleito” apresenta o menor valor de serviço, por lauda, e depois é feita a “correção” com o ajuste da quantidade de texto submetida, o que livra o procedimento da auditoria, pois ninguém vai verificar a quantidade de textos efetivamente revisada em relação ao preço pago.
Por fim, não temos o hábito de fazer orçamentos de textos sem ter à vista o produto, pois há diversas qualidades de textos, mesmo em um mesmo gênero, portanto, é necessária a avaliação qualitativa dos originais para a quantificação e precificação. Adite-se que a quantificação se dá por critérios que não são uniformes entre os diferentes revisores e que as variações constituem mais um complicador do processo.
São muitas variáveis e incógnitas que tornam o procedimento licitatório ineficiente, muitas vezes inválido, frequentemente ilícito e quase sempre frustrante para quase todos os envolvidos. Então, não participamos.
Colocamo-nos à disposição de todas as pessoas físicas e instituições privadas que necessitarem de revisão de textos e ficamos honradíssimos com a escolha de nossos serviços por pessoas seríssimas e de grande competência. Desculpamo-nos com os funcionários e agentes públicos ou autárquicos por não atendê-los, mas preferimos manter essa política, já há algum tempo, depois de diversas frustrações e muito tempo e algum dinheiro perdidos. Será um prazer atender a todos, em caráter pessoal.

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